Um dia, a Verdade andava visitando os homens sem roupas e sem adornos, tão nuas como o seu nome.
E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
- Verdade, porque estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
- Que loucura! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.
Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passava era bem vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
- Verdade, porque estás tão abatida? - perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
- Que loucura! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.
Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passava era bem vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada.
“A verdade dói”, prega acertadamente o ditado popular. Só que nem todas as verdades são dolorosas. As palavras usadas para descrever uma qualidade real e positiva massageiam qualquer ego. Mas é preciso ter cuidado para não confundir verdade com elogio, e sinceridade com ofensas.
Logo, muitas vezes, a verdade é uma mentira balsâmica: um consolo para suportar a realidade em carne viva.